sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Discussão sobre escola e conhecimento.

O paradoxo: escola e conhecimento.

O objetivo deste texto é fazer uma reflexão sobre a nova relação com o saber que emerge no cotidiano educacional e social.Para tanto, faz-se necessário discutir sobre a cosmovisão moder-ma que tem nas ciências naturais a objetividade de uma verdade racionalizada, com os princí-pios de uma explicação clássica em que a produção e a relação com o saber parte de uma lineari-dade de simplificação, separação e redução.Neste contexto, o processo formal de educação limi-
ta a criatividade do sujeito ,domesticando seus corpos e mentes como afirma Foucault:
A escola é uma das instituições de sequestro, como o hospital, o quartel e a pri-
são.São aquelas instituições que retiram o sujeito do espaço social mais amplo pa- ra moldar suas condutas. (1987,p.187)
Percebemos com esse pensamento de Foucault que a escola delimita espaços,castra a criatividade servindodo-se de símbolos e códigos.Ela separa e institui uma forma de produção de conhecimento sem significado.Essa forma de se pensar e produzir ciências já não mais comporta o contexto atual.
A cosmovisão emergente traz no seu bojo novas concepções epistemológicas em que o conhecimento científico não se extrai da realidade, ou seja, a ciência não é um discurso sobre o real.Há uma revolução na forma de fazer ciência em que a simulação prevalece.Neste contexto, a criatividade transborda em um sistema manipulável,acessível e reinicializável.
Na contemporaneidade,percebemos essa revolução no cotidiano social do sujeito,entretanto no cotidiano educacional persiste e se institui um suicídio na forma de produzir conhecimento.Há a imagem do paradoxo em que a esfera social potencializa para a cosmovisão emergente enquanto que à esfera escolar ainda potencializa para a linearidade da produção.Assim, na escola se aprende a ouvir, a falar e a calar; se aprende a aceitar mais e negar nemos; se aprende a quem delegar poder,ou seja, escolarizam-se mentes e corpos.

Um comentário:

Everton Nery disse...

Gosto muito de sua palavra e Paulo Freire diz em "Alfabetização: Leitura do Mundo Leitura da palavra", que a palavra é o direito de tornar-separtícipe da decisão de transformar o mundo.